01/02/2011

Eu advogada de mim

Sempre mantive a distância necessária dos jornais ou qualquer outro meio que me colocasse a par de muita coisa desse mundo.
Eu sou sensível e posso perder noites, dias, e se deixar a vida, preocupada com a seca em Ibitipoquinha do Oeste, a fome no Zimbábwe, os clítores do oriente médio...

Mas eu não precisei ler nenhum jornal ou site de notícias pra saber o que está acontecendo no Xingu.
A luta fundiária lá já dura décadas e sempre foi algo que tomei distância emocional.
Porém, depois de cair de paixão pela amazônia paraense (a parte da amazônia que conheci) não consegui evitar.

O governo brasileiro está passando um rolo compressor pra começar a contrução da UHE Belo Monte ainda este ano. Haviam 40 condicionantes ambientais para serem realizadas, 29 questões indígenas para serem resolvidas, mas não se chegou à cumprir nem 5% disso.
O presidente do IBAMA se demitiu semana retrasada e semana passada o substituto legal do órgão assinou uma licença para construção do canteiro de obras que não é uma licença, porque a licença legal não pode ser dada.

Saiba mais sobre o "samba da licença doida" aqui.

E encerrando esta defesa de mim mesma, gostaria de dizer que o assunto me veio pela internet, os "jornalões" brasileiros apenas tratam Belo Monte como um grande disperdício de dinheiro e não como o massacre ambiental, social e cultural que é, portanto me sinto no dever de ajudar essas pessoas a não perderem suas terras. Indígenas e ribeirinhos que vivem daquele rio há centenas de anos. Tribos que nem mesmo conseguem se comunicar em português, falam línguas derivadas do tupi.

Por isso encho meu facebook de coisas relativas a isso e coloco aqui dois vídeos muito instrutivos sobre o futuro da Amazônia caso Belo Monte seja realizada:

Em Defesa dos Rios da Amazônia P.1

Em Defesa dos Rios da Amazônia P.2

Em inglês: Defending the Rivers of the Amazon, with Sigourney Weaver 

Informação completa aqui.

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