28/09/2012

a volta


Finalmente em Alter do Chão, um ano depois do planejado.
Engravidei em setembro de 2011, quando estava com passagem marcada pra Santarém. Eu enjoava horrores, vomitava o tempo todo, por onde ia tinha que levar sacos plásticos para os vômitos compulsivos. Perdi a passagem e fiquei cuidando da barriga que crescia (e ela ficou enorme) e eu pari meu filho no aconchego e respeito do meu lar, com apoio total do meu amoe e grande parceiro de vida, Rafa. O parto foi assistido por uma obstetriz, a querida Ana Cris Duarte e pela minha querida doula e também madrinha do meu filho Mariana de Mesquita. O pós parto foi tão bom quanto um pós parto pode ser.
Agora meu filho está com quatro meses, lindo e gordo, pesando mais de 9kg apenas de leite materno. Muito planejamento, uma tentativa de embarque frustrada por conta de uma febre misteriosa do Nuno, adiei a viagem mais uma vez, mas duas semanas depois consegui embarcar, feliz por estar voltando oficialmente ao trabalho. Com uma mala enorme emprestada da minha sogra - a maior mala que já carreguei na vida – e tantas coisas nela que parece exagero, mas “melhor prevenir que remediar”, não? Trouxe três redes, cordas, corda para varal pra estender roupas, balde de banho dele, um rabo quente pra aquecer água pro banho (aqui todos os chuveiros são duchas simples sem aquecimento), muitas roupas (muitas mais do que o necessário, já que estou lavando as que usamos e no final usamos pouca roupa mesmo devido ao calor), 16 fraldas de pano com seus respectivos recheios, muitas fraldinhas Cremer pra garantir... Um verdadeiro exagero, mas me senti melhor por cometer o exagero, ou sairia de são Paulo com aquela terrível sensação do “estou esquecendo algo muito importante e vou morrer sem isso!”, eu sou dramática.
Anne, do Francisco, uma das maternas, me passou um contato aqui em Alter, Renata, um moça linda e atenciosa, me recebeu de braços abertos e já me apresentou pessoas para entrevistar pro trabalho. E as coisas que estavam super nebulosas começaram a clarear. Já entrevistei um senhor que é o capitão do Sairé, uma festa que acontece por aqui há mais de 300 anos e tem uma bebida feita da mandioca, a tiquira.
Até agora tudo vai bem, Nuno está ótimo, dorme muitas vezes no dia e a noite toda até de manhã cedo. Não senti necessidade de uma babá, mas já tenho pistas pra achá-la se achar necessário em algum momento. E assim vamos, slingando por Alter do Chão, chamando atenção de turistas e moradores que ainda se comovem vendo uma mãe e seu bebê tão ergonomicamente juntinhos e felizes caminhando pelas praias do Tapajós.

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