24/08/2010

Quase seis horas num pronto atendimento de um hospital particular na Vila Mariana.
Diversas idas e vindas da sala de medicações até a sala dos "cinquenta" médicos que me atenderam.
Reunião médica? Antes fosse! Era a troca de turno, a cada ida e vinda minha mudava o médico.

Fico calculando com minha matemática primária: cada vez mais se ouve sobre erros médicos por conta da alta carga horária e dos vários empregos que a classe médica se sujeita dado os salários absurdamente baixos. Os hospitais, públicos ou privados vivem abarrotados de gente. Convênios médicos mesmo bons e caros não garantem um bom atendimento.
Na minha terra, dois e dois ainda são quatro e com isso concluo que alguém(éns) na área da saúde está relleno el rabo de la plata - traduzindo o ditado popular via google.

Porque fiz essa conta?
A asma, a asma, que só me atormenta nessas épocas desérticas dessa cidade, que à uma da tarde de hoje já estava em alerta, com menos de 20% de umidade no ar. Resultando numa línda névoa cor de sujeira escrota no horizonte de aço e vidro (no pior estilo "quero ser moderno") enquanto nossos narizes tentam fazer uma viagem ao centro do corpo em busca de umidade.

Chego em casa com o anus atolado de cortisona, bronqueodilatadores e afins. Bicuda, sem conseguir dormir, me levanto, venho pro sofá e sinto um cheiro de queimado, vou à janela, só pode ser um incêndio...
Antes fosse! O corno do vizinho está fazendo uma fogueirinha no quintal!

Nesse momento evoco meus genes herdados de minha bisavó, maior carola, mas que rogava pragas como ninguém: que este desgraçado morra lentamente de crise aguda de hemorróidas num hospital em troca de turno, tendo pago religiosamente seu seguro médico por longos anos!

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